nov
18
Infelizmente a o TP 6 também só foi estudado em apenas uma oficina. Feriados e o calendário apertado tem sido complicadores. Outro motivo foi a ausência dos professores. No dia marcado para a primeira oficina do TP apenas dois professores compareceram no horário e nenhum havia estudado o conteúdo proposto. Outros dois cursistas chegaram com uma hora e meia de atraso e já tínhamos decidido cancelar o encontro.
No encontro seguinte, conforme combinado, estudamos todo o TP 6. A oficina foi bastante produtiva e o TP foi um dos que os professores mais gostaram. Eles puderam perceber a importância do planejamento da escrita e como as etapas de produção textual até se chegar ao texto final são importantes e facilitam a escrita não só dos alunos.
A atividade do TP que incentivava a produção de um texto sobre a experiência escolar e profissional do cursista foi retomada. Muitos não a haviam realizado e puderam perceber como a escrita fluiu melhor através da sequência didática proposta. Parece-me que todos ficaram convencidos de que não se pode mais "torturar" os alunos pedindo a escrita de textos em gêneros não conhecidos, sobre temas que não se domina e sem se fazer um planejamento da escrita.
Outro ponto importante do TP que foi muito discutido na oficina foi a questão da literatura e o incentivo à leitura. Conversamos sobre como oferecer livros aos alunos, que livros oferecer, como avaliar e se devemos avaliar, em que momentos oferecer a leitura e muitas outras questões.
Não sei se os professores estão convencidos quanto à necessidade de mudança, mas todos concordaram que é preciso oferecer a leitura em todos os momento, leitura pelo prazer, leitura para adquirir conhecimento, leitura guiada(em que o professor indica) ou mesmo a leitura livre(o aluno escolhe). O importante é saber dosar, conhecer a turma e adequar o planejamento de leitura a cada fase de ensino.
Memorial de Leitora
Não me lembro de ter sido muito incentivada enquanto criança à leitura. Minhas primeiras lembranças como leitora datam da 4ª série primária quando as primeiras leituras foram exigidas na escola. Alguns títulos me marcaram: No Reino perdido do Beleléu, Aventuras de Xisto, As sete cidades do arco-íris, A marca de uma lágrima, Mistério no Paço das Hortências entre outros. Todos foram cobrados pela escola e a cada bimestre fazíamos uma prova, claro! Por toda a minha infância e adolescência, minhas leituras foram feitas por estarem vinculadas a uma obrigação. Apenas uma foi espontânea e pasmem o título era "O exorcista". Depois da faculdade minhas leituras continuaram a estar vinculadas à obrigação e por isso a maior parte delas era técnica. Alguns livros lidos espontaneamente foram religiosos ou de auto-ajuda. Sempre me interessei e me interesso por esse assunto. Outros, iniciei e não terminei como "O livro de ouro da Mitologia Grega". Amei as histórias, mas o dia-a-dia, sabe como é.... Sempre tive muita vergonha por não ter gosto pela leitura e não ter a leitura como um hábito, principalmente por ser professora de Língua Portuguesa e Literatura. Hoje algo em mim está mudando. Depois do nosso encontro presencial em Niterói tive novo ânimo para a leitura e, apesar de pouco tempo para ler, já estou no meu segundo livro. Pode parecer pouco, mas sei que já é uma vitória.
Patrícia Junqueira Soares
O Caçador de Pipas
A leitura do romance só fez confirmar o sucesso do livro. A narrativa é surpreendente e fácil. As primeiras páginas talvez sejam um tanto monótonas e deem a impressão de que todo o restante será da mesma forma. No entanto, no decorrer da texto o autor no envolve e nos coloca diante de nossas próprias fraquezas. Quem nunca se sentiu impotente diante de uma situação seja por medo, covardia ou comodismo? Por outro lado, onde podemos chegar com nossas mentiras ou falta da verdade? Pela primeira vez sinto saudade de um livro e de suas personagens. Chorei e sofri com as personagens e com situações que mais uma vez passam da realidade para a ficção e depois se repetem na realidade. O importante é saber que depois da escuridão da noite, somos tomados pelos raios do sol. Depois de tanto sofrimento, há uma esperança...
O Código da Inteligência
Livro de Augusto Cury, considerado auto-ajuda, desvenda os oito códigos da inteligência humana: "eu" como gestor do intelecto, "eu" como gestor emocional, código da resiliência, da autocrítica, do altruísmo, do debate de ideias, da intuição criativa, do carisma.Para o Dr. Cury é preciso que a pessoa decifre cada um desses códigos para se tornar agente não apenas no teatro social, mas também no teatro psíquico. Para ele a inteligência não é uma questão de acúmulo de informações, mas como enfrentamos os obstáculos da vida e os superamos (resiliência), como lidamos as outras pessoas (carisma e altruísmo), como reagimos às diversas situações (gestor emocional) e assim por diante.O livro disserta sobre cada código e ao final de cada capítulo traz consequências de quem decifra ou não o código e exercícios para decifrá-lo.O mais interessante do livro são as relações que o autor faz dos códigos com a educação seja dos pais com seus filhos seja de professores e seus alunos.
A Ética do Rei Menino
O Reino Mágico da Consciência é um lugar inesquecível! Depois que o conheci tenho vontade de estar lá todos os dias. É um lugar único onde habita o Belo e tudo que é bom.Nesse lugar todos são diferentes e ao mesmo tempo todos são iguais. Ninguém quer mais do que tem e todos têm o necessário e assim são felizes.Lá os Girassóis são professores amorosos e sempre em busca do melhor para seus alunos. Os Lírios-do-campo são cabeleireiros e seus cortes são obras de arte. A Figueira é a sábia do Reino e na rua das Árvores está sempre contando histórias que ensinam. Os Macaquinhos são artistas no teatro da escola...É nesse ambiente que a fábula de Gabriel Chalita apresenta temas ligados à cidadania e à ética. Ele trabalha temas como a Liberdade de escolhas, o Respeito e Amor ao próximo, a Solidariedade, as diferenças e muito mais.Destaco aqui dois trechos que me encantaram. O primeiro fala sobre a professora Abóbora que muito mau-humorada "descasca" o Abacaxi Miúdo. Coitado! Tão triste por ver sua mãe ser mal-tradata pelo pai e também por ele ser desprezado(é muito pequeno), o Abacaxi Miúdo vê na escola a esperança da felicidade, mas é mal-tratado pela professora. O segundo é a união de todos do Reino para salvar o Bezerrinho que se acha esquecido pelo pai e vai para o Pântano, lugar do Nada, da escuridão. O mais interessante é que só o próprio Bezerrinho pode se salvar, é a vontade de voltar para o Bem que o tira daquela situação.A narrativa, que inicialmente parecer repetitiva, é fácil e cativante. Apesar de ser considerada uma obra infantil, é aconselhada principalmente aos "grandinhos" que têm se afastado do Reino Mágico da Consciência e aos poucos está se afundando no pântano do desrespeito, do desamor, da inveja... O livro é uma ótima opção para se ler em família e na escola.
Literatura Infantil
A escolinha do mar - Ruth Rocha
A encafranhador de estrombilácios - Rosana Rios
Uma ideia solta no ar - Pedro Bandeira
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